quarta-feira, 31 de maio de 2023

Sobre Nietzsche, Crimes e Tiranias

 30/05/2023



Às vezes gosto de ler

Uma página ou duas de Nietzsche.

 

São ideias que ficam na cabeça

Junto com sua prosa ígnea.

 

- Ficou louco, deveras, o triste.

 

- Piorou na sua loucura, como se pode ler

Nas páginas dos seus livros.

 

- Vida sofrida ao extremo, solitária ao extremo,

E desejosa de companhia.

 

- Sonhou na escuridão do seu quarto,

A própria imagem misturada com a imagem

De antigos e fictícios judeus, gregos, romanos, arianos, e sei lá mais o quê.

 

- O extremo sofrido e fraco e doente

Sonhou-se super-homem, primeiro entre iguais, o mais poderoso e eloquente.

 

- Atacou a bondade natural entre os homens, sancionada por Deus,

Com toda a fúria maníaca de um impotente.

 

- Imaginou-se algum tipo de cavaleiro, ou de viking,

Vindo com sua turma de super-homens para submeter

Algum povo inferior, ordinário, medíocre,

Bom apenas para ser feito de escravo

- Para satisfazer os caprichos dos seus senhores.

 

- Nada mais razoável e natural, pensava Nietzsche,

Que os inferiores servirem aos super-homens.

 

- Nada mais abjeto e revoltante que o Cristo,

Que veio para servir e se sacrificar pelos homens.

 

- “Sereis como deuses” – como a Serpente sussurrou, e sonhou Nietzsche, e pronto:

Mais um sábio que era dominado por sua loucura.

- Um infeliz dominado pela corrupção.

- Mais um disposto a se tornar Caim.

- Mais um homem que sonha ser super-homem, além do homem, ser como Deus,

Termina menos que um homem, serpente invejosa e ressentida, inimiga dos homens, traidora como Judas, conspiradora, mentirosa e assassina.

 

- Mais um para se iludir e defender

As coisas boas que conseguiria com seus crimes.

- Com roubos, assassinatos,

E a perda da Liberdade entre os homens,

E a transformação de outros povos em escravos.

 

- O raciocínio calculou perdas e ganhos materiais

Atribuindo valor nulo ao que não podia ver nem tocar.

 

- E uma filosofia que justifica os crimes se fez de novo,

Entre os sonhos de um solitário no escuro do seu quarto,

Ou à luz do dia, nos seus delírios de grandeza.

 

- Filosofia da Serpente, adotada por Caim, adotada

Por Judas e por Jezebel, e por todos mais

Que viram suas costas ao verdadeiro Deus e vão seguir

A própria vaidade, representada nos seus ídolos.

 

- Filosofia de Raskolnikov e de Napoleão

- Filosofia de Hitler e de Stalin

 

- Filosofia que é capaz de apoiar e defender

Extremos de injustiças e males particulares.

 

- Defende uma, e defende milhões,

De perseguições e prisões,

E desapropriações e assassinatos.

 

- Defende guerras, tiranias, morticínios pela fome,

Porque promete, e acredita

- (Ou finge que acredita)

- Num Mundo perfeito que saberia como alcançar

- Através de suas teorias e raciocínios

Nietzschianos, ou marxistas,

- Através do falso profeta da moda,

O falso profeta da vez.

 

- Pode ser o delírio de um coletivismo absoluto em paz perpétua,

Sob os auspícios de um Grande Irmão infalível.

 

- Ou pode ser o delírio de camaradas guerreiros à Nietzsche,

Exercendo, como super-homens, o domínio.

 

- Claro que vão detestar os Evangelhos, e toda a Bíblia,

- Claro que vão desprezar e escarnecer da Palavra de D´us.

 

- Toda a sabedoria dos antigos para estes é nada

Diante da sua pretensão de sábios e modernos.

 

- Muito ruído, e pouco sentido,

Muito delírio, e pouca realidade,

Na tua triste e louca filosofia, porque assassina,

E apoiadora de assassinatos.

 

- Sua grande raiva e inveja dos homens

Fez com que se tornasse inimigo e traidor

De seus semelhantes, e de si mesmo.

 

- Mais um sábio aos próprios olhos,

Seguindo os desejos do próprio coração corrompido

E sofrendo outra metamorfose terrível

De ser humano em serpente.

 

- Pelos frutos os conhecemos, mas certos frutos somente

Serão reconhecidos depois de terem envenenado a muitos.

 

- Tristes filósofos que se tornam venenosas serpentes

Inimigas da raça humana.

 

- Tristes os homens, os tempos,

Dominados por venenosa filosofia.

 

- Ressentimentos que se transformam em justificativas que se transformam em crimes

Que se transformam em grande e terrível tirania.

 

- Tristes os tempos que sofrem com tiranos!

 

- Tristes os homens que vivem nestes tempos!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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