Um crime de mestre - Um suspense cujo trunfo maior é a história, acima da média no gênero. Anthony Hopkins desempenha seu clássico papel de psicopata inteligente, o que, apesar de batido, soma pontos pro filme. A subtrama, do romance do promotor e da advogada, acompanha-se com menos interesse. Interessante notar, nos extras do filme, uma cena de sexo que ficou de fora da montagem final. Foi até bom ter ficado de fora, por causa da pudicícia norte-americana: os protagonistas fazem sexo vestidos (!), ele sem camisa e de calça, ela toda vestida... se fosse uma cena caliente de verdade, sem falsos moralismos, cairia bem se fosse incluída no filme. Seria mais um desses suspenses pra ver a dois, debaixo dos lençóis, se é que me entendem... algo na linha de Instinto selvagem... mais um ponto pro filme. Do jeito que ficou, só serve como material de reflexão sociológica a respeito da hipocrisia norte-americana: a violência, o sujeito meter friamente uma bala na cabeça da esposa, tudo isso cabe num filme. Mas mostrar uma cena de sexo de maneira verdadeira, não cabe. Não estou falando em explícito, é claro, apenas não risível e grotesca, apenas verdadeira.
Mas o filme se sustenta na trama, dizia, que não é alguma preguiçosa reciclagem de velhos clichês, tem originalidade e suficientes neurônios (descontados os furos habituais, que convém não ficar procurando), para prender a atenção com suas reviravoltas, e fazer torcer pelo mocinho contra o bad guy.
Cotações: Um crime de mestre ***(bom)
Instinto selvagem ****(muito bom)
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário