quarta-feira, 22 de abril de 2009

notas da liberdade

NOTAS DA LIBERDADE
Imoralidade diária, escândalo de passagens aéreas. E agora vemos Gilmar Mendes, secundado por quase todo o Supremo (Ellen Gracie não esteve presente, mas estava viajando), mostrou autoritarismo para cima do ministro Joaquim Barbosa. Que cena! Gilmar Mendes claramente faltou com respeito, diretamente. Não quis que o “colega” fosse inteirado sobre um processo, no qual tinha uma decisão a tomar! Veio com ironia dizer que o “colega” não sabia do caso, por que não participou da “conversa” que os ministros tiveram anteriormente sobre o caso. Mas não importam as conversas. O processo que está no Supremo pede um julgamento, e os juízes que participam dele devem se guiar pela busca da verdade, pelo debate livre, pela honestidade. Se não há isso, não há sinal de Justiça no país.
Joaquim Barbosa ficou claramente transtornado pela afronta que sofreu. A reação de qualquer homem honesto. Respondeu, dignamente, a Gilmar que ficou rindo. Depois, disse muito dignamente que merecia respeito. Respeito, porque Gilmar Mendes não estava falando com um de seus capangas, de Mato Grosso. E agora todo o Supremo (com a exceção de Ellen Gracie), se manifestou a favor de Gilmar. Vão “isolar” um de seus membros. Não vão tomar uma medida mais drástica, de votar uma advertência, ou algo assim, contra Joaquim Barbosa. Preferem deixar o caso esfriar rapidinho, e fingir que nada abalou o status quo. Vão dar aquela saída de botar tudo escondido no armário. Os famosos esqueletos no armário.
E Joaquim Barbosa, sofrendo a opressão de seus “colegas”? Lembre da coragem de Sócrates, ministro. Mais vale uma cabeça erguida, do que todos os tesouros do mundo.

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