
Mais do dobro do Bolsa
Família para sustentar 39 Ministérios no Palácio da República.
Nunca se viu tamanha inflação de Ministérios, Ministério da Pesca
(ainda falta o da Caça), Ministério disso e daquilo. Sempre com
ampla margem para preencher com cargos de confiança, assessorias e
assessoramentos.
Saúde, um caos.
Segurança, grotesca. Educação, um horror.
Mas podemos nos
orgulhar de um monte de Ministros, voando pra Roma pra ver a posse do
novo Papa, fazendo fortunas prestando “assessorias” milionárias
pra empresários com altos interesses em contratos do Governo.
Descolando alguns milhões de verbas públicas, para algum projeto
mirabolante bolado no seu Ministério, claro que de amplas vantagens
para o interesse público, promover a diversidade, a cultura pátria,
nossos maiores valores, nosso maior valor sendo, claro, uma bem
recheada conta bancária.
Nossos Ministros,
escolhidos a dedo para manter os aliados de barriga bem cheia. É
preciso agradar os aliados, para manter a “governabilidade”
(leia-se: o poder, ad aeternum). E, já que estamos agradando tanto
os aliados, por que não agradar um pouco a nós mesmos? Vamos
partilhar com nossa patota, também, os despojos, está claro. Uns
Ministérios de grande visibilidade, de grandes recursos: aquele
Senador que revogou o irrevogável, onde está ele? Vamos dar para
ele o Ministério da Educação, ora pois. Crianças, aprendam, junto
com a neo-gramática, junto com a novilíngua, com as apostilas
milionárias que ensinam que 2+2 é igual a 5, e que a capital do
Acre é o Amazonas: Irrevogável. É aquilo que se pode revogar. E
fora com o preconceito linguístico.
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