domingo, 19 de maio de 2013

Nossa malandragem ministerial


 


Mais do dobro do Bolsa Família para sustentar 39 Ministérios no Palácio da República. Nunca se viu tamanha inflação de Ministérios, Ministério da Pesca (ainda falta o da Caça), Ministério disso e daquilo. Sempre com ampla margem para preencher com cargos de confiança, assessorias e assessoramentos.

Saúde, um caos. Segurança, grotesca. Educação, um horror.

Mas podemos nos orgulhar de um monte de Ministros, voando pra Roma pra ver a posse do novo Papa, fazendo fortunas prestando “assessorias” milionárias pra empresários com altos interesses em contratos do Governo. Descolando alguns milhões de verbas públicas, para algum projeto mirabolante bolado no seu Ministério, claro que de amplas vantagens para o interesse público, promover a diversidade, a cultura pátria, nossos maiores valores, nosso maior valor sendo, claro, uma bem recheada conta bancária.

Nossos Ministros, escolhidos a dedo para manter os aliados de barriga bem cheia. É preciso agradar os aliados, para manter a “governabilidade” (leia-se: o poder, ad aeternum). E, já que estamos agradando tanto os aliados, por que não agradar um pouco a nós mesmos? Vamos partilhar com nossa patota, também, os despojos, está claro. Uns Ministérios de grande visibilidade, de grandes recursos: aquele Senador que revogou o irrevogável, onde está ele? Vamos dar para ele o Ministério da Educação, ora pois. Crianças, aprendam, junto com a neo-gramática, junto com a novilíngua, com as apostilas milionárias que ensinam que 2+2 é igual a 5, e que a capital do Acre é o Amazonas: Irrevogável. É aquilo que se pode revogar. E fora com o preconceito linguístico.


Nenhum comentário: