O que é inteiramente imoral é haver tanto trabalho útil a ser feito, e trabalhadores ansiando pela oportunidade de fazê-lo, deixar de ser feito, em razão de apropriadores corruptos do dinheiro que deveria ser bem empregado.
O custo desta corrupção é inestimável. Em vidas. Vidas que poderiam ser salvas se um pouco de trabalho bem feito tivesse sido empregado. Encostas que desabam, por falta de obras, por falta de investimentos? Culpa desta desorganização, que permite esta imoralidade.
Um desses grandes ricos espertos, curtindo na impunidade, o quanto de trabalho ele não impede de ser feito? Um desses ricos bem ricos, que embolsam U$ 450 milhões em contas no exterior. Quanto só isso representa de trabalho de alguém que ganha um salário, R$ 450? Resposta, admirável: um milhão e oitocentos mil. Um milhão e oitocentas mil pessoas, que poderiam ganhar um salário, um meio digno de vida, para conter uma encosta, ou fazer um reflorestamento, ou construir um canal de escoamento, ou fazer um saneamento, ou dar uma aula, ou trocar um curativo, e que fica no bolso de UM dos nossos tantos corruptos.
O dia em que este povo vai sorrir de contente será o dia em que este povo acabar com esta imoralidade. Pegar o dinheiro que arrecada, e usá-lo TODO para pagar pessoas que desempenham um trabalho útil. Um trabalho que se submeta à fiscalização da sociedade que o paga.
Até este dia chegar, nosso povo não estará realmente livre.
sábado, 2 de janeiro de 2010
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Um comentário:
Joao, vc devia tentar publicar cronicas como essa com regularidade num jornal. Ja tentou no A Voz da Serra? E tem uma sessao de opiniao do leitor, do Globo, que tambem acho q enquadra bem. Dani
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