“Viva a nação
afro-descendente”, Luiz Fux, ministro do Supremo (ué?... e eu que
pensei que nação fosse a brasileira... mas pelo menos fica mais
simpático que falar em raça afro-descendente)
“Devemos saldar esta
dívida histórica”, Marco Aurelio de Mello, ministro do Supremo
(“Devemos”, quem, cara-pálida? Não você, em seu belo Gabinete e
emprego. Talvez o jovem que perdeu a vaga, porque era da “raça”
errada. Deve ter sido por culpa dele que tivemos a escravidão no
Brasil)
“Toda unanimidade é
burra”, Nelson Rodrigues (1912 – 1980), escritor
“Constituem objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil: (…) promover o bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.”, Constituição da
República Federativa do Brasil, artigo 3o, parágrafo IV
O Supremo Tribunal
Federal, por unanimidade, declarou os sistemas de cota racial
praticados pela maioria das Universidades Federais. Foi goleada. Foi
10 a 0.
Cada ministro deu seu
voto jurídico. Foram páginas e mais páginas de variado palavrório.
Mas, dentre tantas
infinitas considerações, jurídicas, filosóficas, científicas,
morais, a serem feitas sobre o tema, uma simples perguntinha eu
gostaria que fosse respondida por Suas Supremas Excelências:
Faz-se a Justiça, se
um rapaz de “raça” branca, com uma renda familiar, digamos, de 1
mil, com uma nota em prova, digamos, de 8, perde a vaga para um rapaz
de “raça” (desagradável ter de empregar e repetir esta
palavrinha, “raça”, palavrinha falsa, enganadora, e com uma
triste História para o ser humano. A isto me obrigam os ministros do
Supremo) negra, com renda familiar, digamos, de 5 mil, com uma nota
na mesma prova, digamos, de 6.
Os ministros do Supremo
nos colocam de volta na vanguarda do atraso, na vanguarda do
retrocesso. Que triste história, de milhões de mortos, de
perseguições a judeus, de pogrom e campo de concentração, de uma
segunda guerra mundial inteira, e tão recente, bem menos de cem
anos. É isto que parecemos condenados a esquecer e repetir. Para que
alguns fiquem bem com a galera. Para que alguns recebam uns bons
votos fáceis, uns bons cargos públicos, umas boas verbas
públicas...
Que tal ser um diretor
de uma ONG racialista? Ou seria racista?
Quais serão os
corolários lógicos da decisão Suprema? Teremos Tribunais Raciais,
para definir quem é da “raça” merecedora de vantagens? Haverá
um manual para definição racial? Que tal nomear alguns membros de
um Conselho Decididor Racial? Cargos vitalícios, é claro, ou pelo
menos com estabilidade no emprego, e alguns secretários e diretores
para auxiliar, alguns cargos em comissão...
Receita: Supremo de Frango a Kiev
Ingredientes
100 gramas de farinha de trigo100 gramas de manteiga
sal e pimenta a gosto
lata de ervilhas
½ lata de aspargos
½ quilo de batatas
1 lata de óleo
1 tomate
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