quarta-feira, 23 de maio de 2012

O Sono dos Sonâmbulos




Parece que a vontade geral, ou a vontade da maioria, não anda conseguindo muita coisa, ultimamente...

Um triste fracasso, que nos faz perder a esperança (nossa maior perda).

A vontade geral, que deveria ser a vontade soberana, não tem mandado em nada...

Vejamos: a maioria quer segurança. Quer se ver livre dos roubos. Quer Justiça. Quer Prosperidade. Quer não ter de obedecer a algum Grande Ditador, quer não ter seus direitos políticos roubados, quer Paz para criar os seus filhos. Quer oportunidade.

E o que vemos? Injustiças, as mais flagrantes. Roubo impune, roubo premiado. Vidas desperdiçadas, no atoleiro da miséria, da violência, do descaso, da incompetência... vidas destruídas pela falta de emprego, pela miséria, enquanto outros usufruem o que não lhes cabe. Privilégios, os mais imensos, os mais descarados, para uns poucos. Opressão e miséria sobre massas humanas.

Não adianta querer dourar a pílula: a vontade geral perdeu, foi dominada.

Pelos grupinhos de interesses particulares. Pelos donos do poder, os donos da coisa pública.

Não é o povo, não é a voz da maioria. Isto é o que os grupinhos nos repetem e se esforçam para nos fazer crer. Afinal, é mais fácil dominar aqueles que já estão hipnotizados. Os que dormem o sono dos sonâmbulos.

É triste constatar, e é no Brasil e no mundo.

Perdemos a batalha, perdemos tão fragorosamente que nem nos demos conta de que perdemos.

Aqueles grandes ideais, Republicanos. Igualdade, Liberdade, Fraternidade. Um povo livre e próspero, um povo em paz com seus vizinhos. Até formar um mundo livre e próspero.

Desembocou no amargor de vermos persistir a miséria, e a guerra, e a injustiça, e o roubo.

Países saqueando países, explorando povos.

Uma vergonha que a vontade geral esteja assim, entregando os pontos. Preocupada com um milhão de inutilidades e futilidades com que nos entopem as mentes. Esquecida da necessidade de valores, e de trabalho, e de cultura. Acatando passivamente, quando não se colaborando, com os eternos ditadores.

Até que a dor nos faça acordar, ou o amor, amor pelo próximo, amor de si mesmo.

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