José Dirceu agora
berra contra a imprensa. Um sujeito condenado por crimes contra a
democracia, não se mostra arrependido ou contrito. Grita, reúne
bandos para gritar impropérios. Um escárnio contra a Justiça,
contra as leis deste país.
Enquanto isso, um seu
assecla toma posse no Congresso, também condenado à cadeia. E
Senadores e Deputados, líderes na Câmara, manifestam-se contra a
decisão judicial.
Por que, caros
senhores? A sentença do Estado não deveria valer pra Vossas
Excelências? Só para os cidadãos sem recursos, nestes Tribunais
que Vossas Excelências muitas vezes manipulam?
Então diga-se logo: a
lei neste país não é para todos. Existem, continuam existindo,
senhores e escravos neste país.
Raça de pilantras.
Raça de víboras.
Acham que esta é a
cara que o país deve ter, uma cara igual a deles, injusta, corrupta
até a medula, cínica, hipócrita.
“O melhor, pra mim e
pros meus filhinhos. Às custas de todo um povo, às custas de todo o
resto. Para o resto, as duras penas da lei”.
Não importa que
crianças morram, um verdadeiro massacre diário, vítimas desta
desordem geral que domina o país.
Negligências em cima
de negligências. Privilégios grotescos. Gente sendo paga com
salários bem gordos, e nenhum trabalho sendo feito. Ou muito pouco.
Muito pouco diante da imensidão do que precisa ser feito.
Um terço das riquezas
deste país é gasto, e qual é o retorno? Com é o retorno, com
estradas esburacadas, com rodovias da morte, com Justiça sem prazo
pra decidir, com criminalidade atingindo índices estonteantes, com
boates que não são fiscalizadas, com uma cachoeira de leis insanas,
com crianças fora da escola, crianças sem professor, sem aulas, com
saúde caindo aos pedaços, com injustiças tremendas, corrupções
tremendas, dinheiro na cueca, um vexame, outro líder na Câmara...
O deboche,
insuportável, a arrogância de quem sabe que não vai dar nada, a
prepotência destes coronéis cruéis, duros, embotados. Essa
ostentação em meio à miséria, este churrasco grotesco, de carne
humana.
Estes grandes negócios,
feitos por grupos de muita grana, este casamento indecente de
empreiteiras, instituições financeiras, milionários variados, que
financiam vencedores de eleições com as chaves do cofre. Estas leis
camaradas, estas grandes isenções, estão negociando com o quê?
Com o dinheiro do povo. É o povo que paga as festinhas.
Uma lei marota, que
restringe bem a concorrência. Uma interpretaçãozinha favorável,
que vai isentar de milhões. Um bilhãozinho pra reformar um estádio,
e toca reformar estádios, construir estádios, fazer grandes obras.
Em tudo isto, o país
vai sendo entregue, de joelhos, amordaçado, com uma argola no
pescoço.
O passado nunca
termina. Mas é o presente que faz o futuro.
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