quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Diplomacia e Direitos Humanos

O país soube assombrado que um asilado político na embaixada do Brasil na Bolívia permaneceu por 455 dias trancado numa sala, só podendo receber a visita de três pessoas, enquanto nossa Diplomacia (cheia de escritórios pelo mundo afora, gastando rios de dinheiro...) permanecia em infindáveis discussões com o governo boliviano, que descumpria o Direito Internacional e negava a saída do asilado daquele país.

Esta notícia veio junto com a notícia de que 4.000 médicos cubanos virão trabalhar no Brasil. Mas, em regime de semi-escravidão. O Advogado Geral da União (ninguém menos...) proclama que, caso algum dos médicos peça asilo ao Brasil, será encaminhado de volta à ilha-prisão. Precedente já houve, neste governo petista (mais precisamente, na Era Lula... mais precisamente ainda, sendo ministro da Justiça (ninguém menos...) Tarso Genro, hoje governador do Rio Grande do Sul. Bela carreira, tem o menino... deve se orgulhar bastante...

Ficamos sabendo que os médicos cubanos vão ter o salário repassado a uma certa organização, que vai repassar o dinheiro ao governo cubano, que por sua vez vai repassar aos médicos uma fração do total...

E tudo isto passa, tudo isto está aí, à mostra, e ninguém fala nisso... não causa escândalo, indignação... é tudo O Normal...

Estamos à mercê do monstro. Nosso Estado aceita que tudo pode ser feito contra algum pobre cidadão, que ousou incomodar o jogo... taquem-lhe multas, taquem-lhe cassetetes, gás lacrimogêneo, coquetel molotov... taquem-lhe processos judiciais, confisquem-lhe a renda, confisquem-lhe o patrimônio... Vamos queimar sua loja, vamos te entregar pra polícia... é, malandro, sua casa caiu... sabe quem é o Capitão Nascimento? As platéias aplaudiram no cinema... saco de plástico na cabeça, tiro de fuzil, é a polícia que dá sumiço.

E tá tudo valendo, porque o Estado pode fazer o que quiser com quem for inconveniente. Direitos humanos, blá, blá, blá, matam sem dó.

E o cidadão não tem o direito de viver em liberdade, ou com dignidade.

Está condenado a viver sem poder dizer: “Eu tenho meu direito. Eu tenho minha liberdade.”

“Isto, eu não aceito que o Estado, que suas tropas armadas, suas forças de segurança, faça com ninguém.

Se ele é um ladrão, um assassino, prenda-o, e que seja julgado e cumpra pena.

Mas eu não te autorizei a matar, eu não te autorizei a torturar, eu não te autorizei a executar.

Eu exijo que a sua ação tenha um limite, o limite das leis que nosso povo escolheu, e que devem ser respeitadas.

Quem é você, para pleitear viver fora das leis do país? Com que autoridade pretende um salvo-conduto para torturar e matar?

Para decidir quem deve morrer, como se para você não existisse a lei.

Você quer ser algo de especial, maior do que o outro, que precisa cumprir a lei, e precisa cumprir muitas leis, neste Estado corruptíssimo.

E ainda precisará aguentar o ato abusivo, ilegal, de quem deveria ser a primeira garantia da lei, a autoridade a quem se paga o salário.

Que Estado é este, que Polícia é esta, que pacto social é este?

E o que se pode fazer para mudá-lo?”

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