A pergunta é: “O que
fazer?”
mesmo o mais louco
revolucionário podia fazer a pergunta certa.
Por não ter a resposta
certa, fez mais do mesmo.
Talvez com ferocidade
redobrada, mas fez mais do mesmo.
Quem lê, volta e meia
se depara com algum fato insólito da União Soviética, aquele
Paraíso Reencontrado na Terra.
Haja fé!
Por exemplo, lendo o
formidável livro “Por que as nações fracassam”, notei dados
interessantes sobre a criminalização de faltas de trabalho na União
Soviética.
Números
impressionantes.
Saiam da sala se
tiverem o coração fraco.
250 mil fuzilados por
faltas no trabalho.
Alguns milhões presos,
exilados na Sibéria (o Paraíso do Paraíso).
Ler “Um dia na vida
de Ivan Denissovich” é tão libertador, tão instrutivo...
Não o leiam, vocês
que o tacham de “direitista”, proibido.
Vocês que têm o Índex
do pensamento.
Vocês que só podem
ler os livros recomendados pelo partido.
Vocês que preferem uma
vida sem questionamento.
Vocês que acham que o
preço a pagar por isso é bem pouquinho.
Nada como ter uma boa
vida, não é mesmo?
Passar bem, e apagar no
coração a chama do inconformismo.
Acatar a injustiça.
Abaixar a cabeça pro
poder.
Aceitar 3 dinheiros pra
trair o que se é.
Como disse Henry
Thoureau, em algumas épocas o único lugar de um homem decente é a
cadeia.
E em algumas épocas, é
uma fogueira, ou uma forca.
Ou uma Cruz.
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Levantada, sempre, no
peito de um irmão.
Na alma de alguém que
poderia ser seu amigo.
Perdoai-nos, Pai.
Perdoai-nos.
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