domingo, 4 de agosto de 2013

O que fazer?

A pergunta é: “O que fazer?”

mesmo o mais louco revolucionário podia fazer a pergunta certa.

Por não ter a resposta certa, fez mais do mesmo.

Talvez com ferocidade redobrada, mas fez mais do mesmo.

Quem lê, volta e meia se depara com algum fato insólito da União Soviética, aquele Paraíso Reencontrado na Terra.

Haja fé!

Por exemplo, lendo o formidável livro “Por que as nações fracassam”, notei dados interessantes sobre a criminalização de faltas de trabalho na União Soviética.

Números impressionantes.

Saiam da sala se tiverem o coração fraco.

250 mil fuzilados por faltas no trabalho.

Alguns milhões presos, exilados na Sibéria (o Paraíso do Paraíso).

Ler “Um dia na vida de Ivan Denissovich” é tão libertador, tão instrutivo...

Não o leiam, vocês que o tacham de “direitista”, proibido.

Vocês que têm o Índex do pensamento.

Vocês que só podem ler os livros recomendados pelo partido.

Vocês que preferem uma vida sem questionamento.

Vocês que acham que o preço a pagar por isso é bem pouquinho.

Nada como ter uma boa vida, não é mesmo?

Passar bem, e apagar no coração a chama do inconformismo.

Acatar a injustiça.

Abaixar a cabeça pro poder.

Aceitar 3 dinheiros pra trair o que se é.

Como disse Henry Thoureau, em algumas épocas o único lugar de um homem decente é a cadeia.

E em algumas épocas, é uma fogueira, ou uma forca.

Ou uma Cruz.

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Levantada, sempre, no peito de um irmão.

Na alma de alguém que poderia ser seu amigo.

Perdoai-nos, Pai. Perdoai-nos.

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