quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Um novo pacto social



Pelo mundo, a Liberdade sofre ataques contínuos, vindos de todos os lados, e muito poucos se apresentam para defendê-la.

Tão pouco cavalheiresco, este triste mundo... tão pouco honrado, tão pouco digno...

É triste perder as esperanças, mas olhe para o lado, e veja o que está acontecendo.

Pelo mundo, Estados pisoteiam cidadãos, Partidos e homens se engrandecem de Salvador da Humanidade, inebriam-se com o Poder, com os milhões de dólares que giram, com o medo de ser passado para trás, com o medo de perder.

E todos perdem. Um mundo que deixa para trás sua dignidade, sua liberdade, como se fosse um peso muito difícil de carregar... que aceita indiferente enquanto as maiores injustiças são feitas.

É um mundo que já perdeu sua Liberdade.

Agora, é ganhar dinheiro, botar alguma coisa no lugar...

Mas não tem nada que sirva.

“Que vale ao homem, ganhar o mundo, perder a alma?”

Um novo pacto é preciso.

Um novo pacto, porque o velho está morto. Já nasceu morto.

O pacto de aceitar que tirem hoje, uma rosa do jardim do vizinho?

Este pacto traz o amanhã de ser a sua casa que invadem, e que lhe tirem o seu filho.

Este pacto já mostrou ao que veio, em cada país que sofreu sob algum tirano enlouquecido, trazendo o inferno para a vida de algum povo.

Este pacto é aquele que levou Nero a atear fogo em Roma, tocando sua harpa de uma sacada...

Este pacto é aquele da massa hipnotizada por aquela cascavel arrogante, Hitler, um estúpido se achando a coisa mais linda desse mundo, tamanho foi o poder que sentiu dentro de si... comendo-lhe a alma, enquanto desfrutava de uma bela vista de uma montanha dos Alpes, vivendo num castelo... com bases no sangue de milhões de cadáveres, com polícias secretas invadindo as casas, com crianças sendo separadas de suas mães, para horríveis destinos...

Este pacto é aquele de qualquer criminoso, ordenando invasões de residências e fuzilamentos em massa... e que, quando atingem um certo poder, logo contam com o endeusamento entusiasmado de acólitos prontos para servir seus senhores.

Mas agora podemos sentir que estão todos conformados, aceitando o mundo como isso mesmo...

E que só lhe interessa um pouquinho de segurança...

Pois é justamente isto o que não podem ter. E nem nós, e nem nossos filhos, cada vez mais submetidos a tiranos e tiranetes, sem que lhes armem uma guerra, sem que lhes cobrem pelo novo pacto.

Os tiranos e tiranetes estão confortáveis como nunca, abusando cada vez mais do poder, avançando cada vez mais, enquanto não encontram resistência...

Hoje, é uma rosa... amanhã, é um tapa... depois de amanhã, quem sabe?... podem entrar na sua casa, levar o seu pai, ou levar o seu filho, e sumirem com ele...

Como assim, e não acontece nada?

Nada. Arrumam-se desculpas, muito palavrório. E fica tudo por isso mesmo.

“Era da outra classe”. “Ainda bem que não foi comigo”.

Mas foi com você. Foi com cada um de nós. Foi com a sociedade em que nós vivemos. Foi com um próximo com quem temos responsabilidade.

Ou não temos? Ou não devemos ter?

E a responsabilidade exige que não aceitemos este pacto. Este pacto de morte.

A responsabilidade exige um novo pacto social, em que o poder esteja dividido, em que o bem estar esteja dividido.

A responsabilidade exige que não compactuemos com os criminosos.

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