quarta-feira, 28 de março de 2012

Deep Purple - Highway Star

Zé Ramalho - Vila do Sossego

Salve, Zé.

Esquema de venda de sentença descoberto no Tribunal de Justiça do Tocantins

Olhem a chamada do Jornal da Rede TV de 28.03.2012:



Esquema de venda de sentença é descoberto em TO

Gravações mostraram como funcionava o "comércio" ilegal de sentenças no Tribunal de Justiça do estado. Desembargadores cobravam até R$ 50 mil por decisão.

Coisa linda de se ver:


http://www.redetv.com.br/Video.aspx?52,15,257440,jornalismo,redetv-news,esquema-de-venda-de-sentenca-e-descoberto-em-to

Deep Purple - Made in Japan - álbum completo

E por que não este meu disco dileto completo?

Bom pra fazer aeróbica.

Deep Purple - Smoke on the water - ao vivo em Osaka, 16 de agosto de 1972

...

Não importa a lição
que tirarmos de tudo isso

Eu sei, eu sei
nós nunca esqueceremos...


Minha lista de rock n roll - discos




Minha lista de rock n roll. Meus discos diletos de todos os tempos.

Discos que me emocionaram, ontem, hoje, e sempre. Sem ordem de classificação definitiva, nada disso. Alguns mais, outros menos, por certo, mas todos me emocionaram, cheap thrills, great thrills, que seja, em algum momento.

Sujeita a acréscimos. (tomara que sim) Não sujeita a retiradas.

Nada de definitiva, tampouco. Posso estar me esquecendo (estou me esquecendo), de um bocado de disco/artista/canção importante. E não tem nada de objetiva, é estritamente pessoal.

Só pra dar ideia do meu gosto.

(Depois eu tento elaborar um pouco) (depois eu lembro do rock brasileiro)

(A vinda de Roger Waters ao Brasil está me deixando saudosista)

Bob Dylan:

blonde on blonde

the freewheeling Bob Dylan

Bringing it all back home

john wesley harding

another side of Bob Dylan

the times they are a changing

the best of Bob Dylan – 1, 2, 3

blood on the tracks

desire

Dire Straits:

Sultans of swing

Brothers in arms

Black Sabbath:

Born again

Black Sabbath - coletânea

Deep Purple:

made in japan

deep purple – coletânea

Jethro Tull:

crest of a knave

this was

thick as a brick

Elvis Presley:

the sun sessions

elvis – coletânea

Chucky Berry:

Hail! Hail! Rock n roll!

chucky berry – coletânea

Rainbow:

finyl vynil

led 1, 2, 3, 4, houses of the holy, phisical grafiti, duplo ao vivo

Jimi Hendrix:

are you experienced

Axis: bold as love

electric ladyland

midnight lightning

crash landing

a arte de jimi hendrix

ao vivo em Monterey

ao vivo em Paris

Voodoo Soup

Jimi Hendrix - todos


the who:

bbc sessions

tommy

rolling stones:

hot rocks 1

sticky fingers

exile on main street

some girls

beggar´s banquet

get yer yer yas

let it bleed

robert johnson - complete recordings (2 cds)

Queen – coletânea

John Lennon – coletânea

Paul McCarney – coletânea

Guns n roses - coletânea

The Doors:

strange days

the doors

l.a. Woman

roadhouse blues

Allman Brothers – a decade of hits

Beatles:

álbum branco

Abbey Road

Rubber Soul

sgt. Peppers

past masters 1, 2

Beatles - todo o resto

Pink Floyd:

The pipers at the gates of dawn

dark side of the moon

the wall

wish you were here

animals

atom heart mother

meddle

Janis Joplin:

pearl

cheap thrills

james taylor – coletânea

Lynyrd – coletânea

Bob Marley – coletânea

Simon and Garfunkel – coletânea

Santana:

black magic woman

Santana – coletânea

the low spark of high heeled boys – Traffic

Eric Clapton – The cream of

Cream - coletânea

Super Tramp:

live in paris

super tramp – coletânea

Van Morrison - Brown Eyed Girl

The Cure -Standing on a beach

The Smiths/ Morrissey - coletânea

Genesis - selling england by the pound

Genesis - coletânea

woodstock - vários

jesus christ superstar - vários

(E, eu sei, it´s only rock n roll... but I like it!)

Deep Purple - Child in time

Child in time – Osaka 16 de agosto de 1972



Por um momento qualquer banda de rock pode se tornar senhora do mundo:




Doce criança no tempo

Você vê a linha desenhada


A linha desenhada separando

O bom do mau


Veja o Homem Cego

Disparando contra o mundo


As balas voando

Passando raspando


Se você se sentia mal

Oh, Deus, eu aposto que sim


E você não foi atingida

Não foi atingida pelo chumbo voador


É melhor você fechar os olhos

É melhor você abaixar a cabeça


Esperar pelo ricochete

A saúde do ex-presidente Lula

Fico feliz por ouvir hoje que o tumor na garganta do ex-presidente Lula desapareceu.


Vejo que Lula passará por exames, agora, de três em três meses, para ter um maior controle sobre eventuais recidivas.


Tudo ótimo, por ser o procedimento correto.


Agora, se é o procedimento correto, por que apenas para poucos? Quer dizer que os muitos não têm direito a ter um procedimento correto? E, se é para poucos, por que um destes poucos pode dizer que “A saúde, no Brasil, está próxima da perfeição”, como disse o ex-presidente Lula?


Enfim, Lula, espero que tenha mais vida para refletir sobre a vida.

Utopias Estacionárias

Os cultores de Utopias com propósitos concretos: assumir o poder, cometem um terrível erro.


Aspiram por um estado estático. Eterno. Mas, se a vida é um rio, como falou Heráclito.


Partem de um belo motivo: a revolta contra a miséria, o sofrimento. Mas, ao aspirar por uma solução final, derradeira, condenam-se a lutar contra uma Quimera. Algo que, se chegar a ser implantado, provocará o talvez maior sofrimento humano: a perda da liberdade de pensamento.


Condenam-se a lutar contra a realidade. A realidade um fluxo constante, infinito. Com que orgulho cego sonhariam ter a chave para interrompê-la? Vida do homem, palha que queima. Reflexo fugás da luz na superfície do mar.


Claro, lutar contra a a realidade cobra um preço. O fanático quer por violência impor sua vontade à História. Ele quer que o seu delírio prevaleça, está disposto a morrer (um pouco) e a matar (bastante) por isso.


Os fatos não me favorecem? Pior para os fatos. O ser humano é o único animal capaz desta proeza. Capaz de querer que a realidade se curve aos pobres delírios que traz na cuca. Delírios de grandeza.


Todos fazemos isso, em alguma medida. O fanático radicaliza, e seu habitat preferido é um clima de insegurança e injustiça social.


O delírio do fanático é este: sonhar uma realidade estática, o fim do conflito. Mesmo que exista uma base legítima para este desejo, a revolta contra o sofrimento, o orgulho (hybris), provocando imoderação, desmesura, produz uma Nêmesis.


É o momento em que os próprios atos do herói trazem o seu mau fim. É o cumprimento do seu trágico destino, nosso trágico destino, do ser humano.


É o momento em que se aceitou o certo mal como um meio, para perseguir aquele incerto fim. É o momento em que a certeza dos próprios sentimentos foi tão grande que ousou eliminar o que pensava diferente. Aquele que lhe parecia tão diferente de si próprio, e que no fim acabou se revelando como ele mesmo.


Mas é claro. Não eram os dois humanos, pisoteador e pisoteado? Não eram filhos de uma mulher, filhos de um homem? E por que o ódio e a intolerância os afastou de si mesmos, justificou que se assassinassem indefesas crianças?


O ódio e o sofrimento assustam o ser humano. Em pânico, ele corre para os braços de seus inimigos, que o dilaceram. “Aquele que luta contra monstros deve acautelar-se para não se tornar monstro. Se tu olhares por muito tempo dentro de um abismo, o abismo olhará também para dentro de ti.” (Friedrich Nietzche).








O fim da liberdade de pensamento é certo nas sociedades que passaram pelo domínio de fanáticos.



Fazia parte da lógica: se o fim é uma sociedade perfeita, estática, eterna, só uma ideia pode prevalecer.


O ser humano participa da mudança quando mudam suas ideias. Acreditava-se que a Terra era plana. Acredita-se hoje que é esférica. Mudou o ser humano, com seu pensamento.


“O homem é o homem e sua circunstância” (Ortega y Gasset).


Um outro homem vai chegar a outras conclusões, vai chegar a outras escolhas, a partir de seu pensamento. Acredita que a Terra é redonda? Então buscará um barco para dar a volta a ela.


A História humana é a História da mudança das ideias. Uma crença nasce, outra crença nasce, crescem, se desenvolvem, lutam entre si, fecundam-se, perpetua-se, transformada, ou desaparece. Hegel enxergou um movimento dialético da História, Teses, Antíteses e Sínteses, se misturando, formando um eterno fluxo de mudança, como aquele de Heráclito.


Enxergou bem. A mudança está à vista de todos. Leia-se “Do Mundo Fechado ao Universo Infinito”, de Alexandre Koyré, para acompanhar uma tremendíssima alteração do pensamento, nos séculos XVI e XVII, ocorrida na esteira das Grandes Navegações, da Reforma, dentre outros acontecimentos marcantes.


Um mundo caía, e nos seus estertores produzia desgraças: a Inquisição, as Cruzadas, as noites de São Bartolomeu. Pobre do santo, ter seu nome marcado por um acontecimento assim.


Que maior delírio foi aquele, as guerras santas, os morticínios santos, as torturas santas. O ideal dominando as mentes, cegando para o sofrimento humano.


Numa tentativa de parar a mudança. Mas a mudança sempre vem, sempre vai vir.


Quem vai parar o fluxo do tempo? Super-homem, que pára o relógio? Super-razão, que vislumbra a sociedade perfeita? Eu ainda não conheci.


Produz-se um rio de sangue, mas não interrompe o rio da História.




terça-feira, 27 de março de 2012

Cracolândia

Contra tanta mídia alienante e alienada; contra tanto Big Brother e Novelas interesse absoluto de milhões.


Uma mídia que é um choque de realidade: A Liga, da TV Bandeirantes:

http://videos.band.com.br/Exibir/Crack---Parte-4/1f8b89e42c15cc44d61af89c3e99a097?channel=732


Como passam nossos governantes? Nossos prefeitos e governadores, do Rio de Janeiro, de São Paulo? São estes os locais mostrados na reportagem.


Uma política que carrega crianças para um abrigo. Casa viva. Caso morras.


Casa mal assombrada. Fantasmas de carne e osso.


Fantasmas que ameaçam com drogas. Drogas que destróem a mente. Injeção dada em crianças. Que deixa a boca torta.


Quem cuida, quem olha, como funciona? Onde está a polícia, o Ministério Público, o Poder Judiciário? Como é a rotina, como é o tratamento? Como se trata destas vidas?


Quem é que controla? Qual é o registro que se faz, para cada um que chega? Onde estão estas fichas? Quais foram os exames, os profissionais responsáveis, o atendimento? Como é feito o trabalho com a família, o acompanhamento?


A ninguém importa, a bem poucos importa. Certamente não importa a quem tem o poder para acabar com isso.


Como se sente o governador, flanando pelos Jardins de Luxemburgo, em Paris? Como se sente, viajando no jatinho, do amigo empresário?


E todos nós, que temos isto por sistema político? Por sistema de valores, pior ainda? Vamos continuar aplaudindo execuções sumárias, saco de plástico na cabeça, porrada nesses vagabundos, fingir que resolve?


Como isto nos faz sentir?

Por falta de 6 mil um recém nascido morreu


Neste Brasil da prosperidade o preço a pagar é uma perfeita alienação para os problemas brasileiros. Virar o rosto. Fingir que não vê. Este é o Brasil do oba oba.


Uma conjuntura favorável fortuita. 1 bilhão de chineses passando a comprar nossos produtos primários, abaixando o preço das bugigangas eletrônicas que consumimos.


E, olhem só, alcançamos o Paraíso terrestre. É só não assistir a televisão, não assistir aos flagrantes incidentes de corrupção, de violência, de descaso absoluto com a vida humana.


Não adianta nada mesmo. Legal é se sentir legal. Não enfrentar qualquer problema. Não assumir a responsabilidade. Delegar para algum herói que resolva.


Só que, vejam só, o herói passa a ocupar um cargo público e a se entupir de um bocado de privilégios. LEGAIS. O herói vai repetir as velhas práticas ineficientes. E os problemas permanecerão inalcançáveis.


Numa cadeia, os criminosos continuam liderando a bandidagem. E mais um senador aparece ganhando dinheiro de modo indesculpável. E mais uma notícia de privilégio indefensável de que gozam os senadores. Um plano de saúde mirabolante. Reembolsos mirabolantes. Em que país vivem estes políticos?


É a porra do Brasil.


67 mil ressarcidos à esposa de um senador por seus gastos com dentista, em um ano. Quantas bocas e quantos dentes possui esta senhora?


E não há nada a fazer. Nenhum capitão Nascimento que vai cuidar disso. Vamos continuar engolindo isso. Vamos continuar vivendo neste nosso Brasil.


Felizes porque botamos mais um trocado no bolso. Uma moedinha de dez centavos que seja. Mas se for 67 mil, é bem melhor... 2 milhões, melhor ainda.


Por informações privilegiadas, por palestras que não deu.


Tudo bem descarado, tudo nas nossas barbas.


Lulinha, que mudaria tudo isto. E que, pela sua própria retórica, mudou.


Não existe solução fácil. Não existe mágica.


Não existe um país de analfabetos e semi-analfabetos virando nação próspera.


Não existe país bom governo que repete seus maltratos aos cidadãos.


Para o governo o cidadão é um contribuinte de bilhões de reais. Mais de um terço de toda a riqueza que o país produz. Merecedor de escárnio e desprezo em alguma repartição.


Hospital? É pretexto para fechar um contrato com alguma empreiteira. Esqueletos de Hospitais inacabados se deteriorando. Hospitais onde faltam leitos, faltam médicos, faltam remédios. Hospitais que não curam. Pretextos para outra derrama de salários mal empregados. De compras superfaturadas de medicamentos.


Hospitais onde ratos passeiam, onde vaza água, onde a infecção é corriqueira. Recém-nascidos que morrem numa proporção assustadora, medonha, a medonha dor dos pais destas vítimas, massacre de inocentes.


Porque não se seguiu os procedimentos adequados. Porque faltou atenção, cuidado. Porque faltou dinheiro.


Para os medonhos que superfaturaram os remédios não faltam os recursos. Protegem muito melhor os seus. Vão gastar 67 mil na sua boca. Por falta de 6 mil um recém-nascido morreu.