Temos um serviço
público pessimamente desorganizado, o que dá as medidas de nossa
capacidade.
Aqui, precisar de um
hospital público, Justiça, Segurança, Escola, é arriscar um
péssimo tratamento.
Não sabe? Quanto mais
pobre pior. Olhem as taxas de homicídios, típicas de países em
guerra civil. Repita-se: é uma guerra civil. Aonde incidem mais? Nos
bairros e localidades mais pobres.
Ir para uma fila às 3
horas da manhã, para pegar uma senha para ser atendido num problema
de saúde. Esta é a realidade dos nossos hospitais públicos, quando
não coisas piores. Pessoas amontoadas em corredores sujos de
hospitais, por falta de médico e de leito. Infecções hospitalares
carregando nossos velhos e crianças.
E outro tanto se pode
dizer das escolas que não ensinam, que formam burros de carga. Que
massacram as potencialidades e oportunidades de milhões e milhões
de crianças.
E policiais
despreparados, e juízes morosos, e decisões absurdas...
Todos têm sua cota de
péssimos serviços, de ser destratado por algum destes nossos
figurões que se sentem melhores que os outros. Que se acostumam, e
se apegam, a esta cultura de privilégio.
Está certo aquele
senador não responder pelos seus crimes. Está certo, certíssimo.
Está certo aquele senador, aquele governador, aquele líder
carismático, se entupir de privilégios. Está certo ele ter um
super-plano de saúde, e a criança morrer por falta de gaze.
Está certo, tudo isso.
É tudo sempre assim. Esperto serei eu, se conseguir alguns destes
privilégios para mim, vou defendê-los com unhas e dentes.
Receber sempre mais,
não ser nunca cobrado de forma alguma.
Este é o ideal que até
nossa mais fina intelectualidade defende.
Este é o serviço
público correspondente, da sociedade com semelhantes ideais.
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