José Casado faz um
assustador alerta de uma trama para enterrar nossa (pouca)
democracia.
Se de fato a votação
no Supremo pelo fim do financiamento de campanhas por empresas
representar a ponta de lança para alterar o sistema eleitoral e
introduzir o voto em lista fechada, teremos colocado os dois pés de
volta no Assombroso Reino da Ditadura, mascarado, está claro, pelo
periódico ritual de sermos obrigados a depositar uma cédula numa
urna, sem maiores significados.
E olha que eu sou
plenamente favorável ao fim das doações de empresas. Concordo com
o argumento, pessoa jurídica não é cidadã, cidadã é a pessoa
física.
Então, só pessoa
física deveria ser autorizada a doar dinheiro para
partidos/campanhas, com limite por CPF.
Pelo fim do poder
hegemônico da grana!
Se isto vai impor uma
redução de custo das campanhas, muito melhor. Campanhas
bilionárias, milhões gastos para eleger um político, mostram bem a
imoralidade do sistema, e com quem estará a preocupação e a
lealdade dos nossos “representantes”.
Se as campanhas terão
menos dinheiro, que se façam campanhas com menos dinheiro, ora essa!
E nada de financiamento
público, nada de voto em lista fechada!
Se é preciso baratear
a campanha, que se tenha o voto distrital puro. Um candidato, por
partido, e cada candidato tendo de pleitear a maioria dos votos em
distritos com o mesmo número de eleitores.
E nada de propagandas
milionárias, cabos eleitorais a peso de ouro, produções
cinematográficas para engabelar o povo.
Imenso seria, então, o
fortalecimento da Igualdade, e da Representatividade, e da Verdade,
para a nossa Democracia.
Agora, com poderosos
grupos de interesse manipulando, e tramando, enquanto as massas
assistem passivamente, qual sonâmbulos, alienadas, a perspectiva é
muito mais desfavorável...
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