quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

E assim se apropriam do dinheiro público...



O jornal de hoje traz uma recorrente notícia, um exemplo, dentre um milhão, da maneira pela qual o dinheiro de todos passa a integrar o patrimônio de alguns:

O dinheiro do público, dos pagadores de impostos em busca de alguma melhoria de vida, pagadores de bem altos impostos, para condições de vida bem diminutas, vai ser transferido para o patrimônio pessoal de alguns seletos privilegiados.

22,5 milhões, dizem as contas, é o que se transferiu de programas de políticas públicas, coisas básicas como infraestrutura, atendimento a crianças e a mulheres em situação de violência, estas coisas, como se vê, tão importantes, para reforçar o Plano de Saúde dos servidores do Superior Tribunal de Justiça.

Agora, você se pergunta, você tem de pagar bem caro pelo seu Plano de Saúde, e o Governo não lhe transfere recursos?

Você se pergunta se isto é uma situação de privilégio?

Você se pergunta se isso é um direito que não é para todos, não podendo assim ser um direito?

E a resposta é sim para todas as perguntas.

Você está sendo passado para trás?

Você está sendo feito de palhaço?

“É normal”, dizem os conformistas de plantão. Depois de garantir para si um tantinho.

Não, aqui a classe ociosa, a classe privilegiada, a classe que se garante benefícios às custas do trabalho alheio, não foi confrontada pelos nossos comerciantes, pelos nossos trabalhadores, não lhes deram um basta ao deboche.

Aliás, se juntaram alguns desses comerciantes e trabalhadores para dar sustentação a esta exploração do trabalho alheio. Estes que receberam alguns milhões e alguns bilhões do dinheiro público, para não ter de apresentar muito resultado. Para passarem algumas notas frias, para darem alguns calotes, arrumarem uma declaração de falência, e sumirem com a bufunfa...

Na certeza de que nada nunca vai dar em nada.

É verdade, em termos de punição não aparece mesmo muita coisa, às vezes um formal e protocolar, “pode ter havido algum erro”, “algum dia será reparado”, por alguma autoridade, e já se pode falar de outra coisa.

Mas o resultado pode ser medido também na falta de contenção das encostas, e nas crianças pisando os esgotos não tratados atirados nos rios, transbordados com as chuvas, e na geral falta de segurança e na roubalheira sem fim...

Ou seja, dominam de modo tão amplo, que nenhum Grande Líder se apresentou para enfrentá-los.

O Grande Líder que dizem que tivemos deixou todos estes grandes negócios intocados, e aproveitou para fazer os seus próprios negócios, ainda maiores.

E este foi o nosso Grande Líder...

E este é o estado das coisas a que chegamos.


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