quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Compactuar com o roubo - 2

Existe um outro problema em se compactuar com o roubo:

É aceitar que existam duas classes de seres humanos segundo a lei do Estado.

Existem aqueles que precisam respeitar a lei (comuns).

Existem aqueles que não precisam respeitar a lei (incomuns).

Muito embora a Lei Maior (Constituição Federal) diga que a lei deve ser igual para todos (princípio da igualdade jurídica). Mas é preciso observar a prática, por mais lindas que sejam as palavras da lei. E o que esta mostra?

Então, não adianta estufar o peito para dizer que se é muito “democrático”, “igualitário”, “respeitador das leis”, se, na prática, de qualquer modo se pratica o roubo, se recebe dinheiro cujas origens devem permanecer ocultas.

Seja deputado, juiz, policial, presidente, ministro, senador, líder da Câmara, chefe dos super-chefes, o escambau.

Não é democrático, não é igualitário, não é respeitador das leis.

Pode falar muito bem o francês, ou viver na França, ou visitar Cuba, ou torrar uma montanha de dinheiro em Las Vegas.

É ladrão, roubador, desonesto.

E num Estado verdadeiramente democrata, e digno, estaria na cadeia por seu roubo.

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