Existe um outro
problema em se compactuar com o roubo:
É aceitar que existam
duas classes de seres humanos segundo a lei do Estado.
Existem aqueles que
precisam respeitar a lei (comuns).
Existem aqueles que não
precisam respeitar a lei (incomuns).
Muito embora a Lei
Maior (Constituição Federal) diga que a lei deve ser igual para
todos (princípio da igualdade jurídica). Mas é preciso observar a
prática, por mais lindas que sejam as palavras da lei. E o que esta
mostra?
Então, não adianta
estufar o peito para dizer que se é muito “democrático”,
“igualitário”, “respeitador das leis”, se, na prática, de
qualquer modo se pratica o roubo, se recebe dinheiro cujas origens
devem permanecer ocultas.
Seja deputado, juiz,
policial, presidente, ministro, senador, líder da Câmara, chefe dos
super-chefes, o escambau.
Não é democrático,
não é igualitário, não é respeitador das leis.
Pode falar muito bem o
francês, ou viver na França, ou visitar Cuba, ou torrar uma
montanha de dinheiro em Las Vegas.
É ladrão, roubador,
desonesto.
E num Estado
verdadeiramente democrata, e digno, estaria na cadeia por seu roubo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário