
9 porque, em parte
conhecemos, e em parte profetizamos;
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
10 mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor.
I Coríntios 13
O filósofo assumirá o
hábito de questionar. Enxergará a realidade com um viés crítico,
inconformista, por não aceitar respostas prontas, definitivas. Mesmo
que vindas de autoridades últimas entre os homens, os poderosos de
plantão, seja no Governo, seja na Academia.
Sócrates forneceu o
modelo para todos os filósofos. Questionador, crítico,
intransigente. Mesmo diante do desagrado e da fúria indignada que o
levou à morte, manteve-se fiel ao seu figurino. Permaneceu sendo o
que foi a vida inteira, questionador, amigo da Sabedoria
(Philos=amizade; Sofia=sabedoria).
Não um sábio, ou um
sofista, que professam possuir a Verdade. “Tudo que sei é que nada
sei”, o paradoxo irônico socrático.
Pois, se sabe, para que
irá questionar? O negócio de Sócrates é questionar. “Uma vida
sem questionamento não é digna de ser vivida”.
Não que o filósofo
não possa ter crenças, em algum Absoluto, alguma Forma Eterna,
algum mundo fora da caverna, mas este, por definição, está além
da nosso condição humana. As nossas “verdades” sempre serão
uma aproximação da Verdade.
Então, nosso
questionamento nunca chega ao fim. Nossa visão de mundo é sempre
provisória. Está sempre aberta a um novo diálogo, sempre
inconcluso. É a dialética socrática. Sempre é possível um novo
exame, um aprofundamento, mesmo daquilo (principalmente disso) que
temos por tão evidente e seguro.
Então, na sua
essência, filosofia não é uma disciplina chata, com nomes e datas
pra decorar.
É um questionamento
radical, profundo.
Claro que quem adquirir
este vírus vai apreciar procurar nos livros aqueles que questionaram
e responderam no seu tempo, pois isto lhe fará aprofundar suas
próprias respostas e perguntas.
Mas assumir como dogmas
as respostas de algum pensador, é abjurar à própria Filosofia.
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