Enquanto FH
multiplicava reformas (embora não a reforma-chave, a reforma
política), descuidava das bases de sustentação do poder.
O Governo Lula, que lhe
seguiu, foi, neste como em muitos outros aspectos, a imagem invertida
no espelho do Governo FH. Todo o esforço passou a ser no sentido de
reforçar e ampliar o poder tão longamente ansiado, enquanto o país
se paralisava conformado com seus velhos vícios.
O Governo FH foi um
período de crises e de reformas; o Governo Lula (e sua extensão, o
Governo Dilma) foi um período de bonança (até pouco tempo...) e de
paralisia, embora “paralisia” seja um termo enganoso, pois na
verdade nunca se fica parado. Ou se avança, ou se retrocede, porque
o tempo e o mundo não param, e quem se dá ao luxo de repousar em
berço esplêndido vê os outros países passando à frente, ocupando
os espaços deixados.
Portanto, houve uma
piora, sim, do Governo e do país, nestes mais de dez anos. Um
exemplo: no Governo FH foi barrada a farra da multiplicação de
municípios pra sugar os repasses de verbas federais; pois agora, há
menos de um mês, o Congresso, com ampla maioria, abriu as porteiras
de novo, aprovando lei para criação de novos municípios. Ainda não
está sacramentado, mas um grande passo foi dado... pra trás.
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