sexta-feira, 28 de junho de 2013

Vox populi, vox Dei - 2

"Vejo que os deuses podem dar a um homem muitas dádivas, mas não todas. Sabes vencer, Aníbal, mas não sabes aproveitar a vitória." - Maharbal, chefe da cavalaria de Aníbal


Por mais que seja justo e mereçamos comemorar cada pequena-grande vitória obtida no sentido de fortalecer a democracia, de resistir à corrupção, devemos também permanecer alertas para não perder de vista o objetivo final, qual seja: conquistar uma reforma política iguale os votos dos brasileiros, e que acabe com este abismo que temos hoje, entre representantes e representados.

Para que não repitamos o erro de Aníbal, que após vencer muitas brilhantes batalhas contra os exércitos romanos, hesitou em marchar diretamente contra Roma, dando tempo aos seus inimigos para se reagruparem e vencerem a guerra.

20 centavos a menos na passagem de ônibus (vai ser pago com os nossos impostos), penas maiores para a corrupção (mas se os Tribunais, com indicados e nomeados pelos políticos, não julgam?), tudo isso nos deixa satisfeitos por nos dar uma sensação de poder, mas por isso mesmo é perigoso.

Quem está satisfeito, relaxa. E quem relaxa vê a vitória escapar por entre os dedos. O país do futebol deve saber muito bem disso.

Portanto, apreciemos as vitórias pelo que valem: demonstração do nosso valor, da nossa força. Mas vamos manter claro o objetivo, e não vamos nos contentar com menos:

Reforma política já!

Voto distrital já!

A cada brasileiro um voto!

Igualdade já!

Liberdade já!

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