"Vejo que os deuses podem dar a um homem muitas dádivas, mas não todas. Sabes vencer, Aníbal, mas não sabes aproveitar a vitória." - Maharbal, chefe da cavalaria de Aníbal
Por mais que seja justo
e mereçamos comemorar cada pequena-grande vitória obtida no sentido
de fortalecer a democracia, de resistir à corrupção, devemos
também permanecer alertas para não perder de vista o objetivo
final, qual seja: conquistar uma reforma política iguale os votos
dos brasileiros, e que acabe com este abismo que temos hoje, entre
representantes e representados.
Para que não repitamos
o erro de Aníbal, que após vencer muitas brilhantes batalhas contra
os exércitos romanos, hesitou em marchar diretamente contra Roma,
dando tempo aos seus inimigos para se reagruparem e vencerem a
guerra.
20 centavos a menos na
passagem de ônibus (vai ser pago com os nossos impostos), penas
maiores para a corrupção (mas se os Tribunais, com indicados e
nomeados pelos políticos, não julgam?), tudo isso nos deixa
satisfeitos por nos dar uma sensação de poder, mas por isso mesmo é
perigoso.
Quem está satisfeito,
relaxa. E quem relaxa vê a vitória escapar por entre os dedos. O
país do futebol deve saber muito bem disso.
Portanto, apreciemos as
vitórias pelo que valem: demonstração do nosso valor, da nossa
força. Mas vamos manter claro o objetivo, e não vamos nos contentar
com menos:
Reforma política já!
Voto distrital já!
A cada brasileiro um
voto!
Igualdade já!
Liberdade já!
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