terça-feira, 16 de julho de 2013

Tempos Perigosos

Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Mateus 7:12-20
Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.

Mateus 7:12-20
"Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Portanto, pelos seus frutos os conhecereis."

Mateus, 7, 12-20



Um modelo se esgota, deixando seus frutos de frustração, de desespero, de infortúnio, para todo um país.

Tão previsível... brasileiro, moderno Sísifo, condenado a transportar a imensa rocha montanha acima... e quando chega no topo, ela rola, e todo o trabalho precisa ser recomeçado...

A propaganda oficial faz parecer que é uma dádiva divina: “Sou brasileiro, e não desisto nunca!”, proclamam atores pagos pra fazer propaganda.

Mas deveríamos desistir, sim, dos caminhos que levam a péssimos resultados. Insistir no erro não é bravura, é estupidez.

Mas o que se há de fazer? A ditadura dos militares enveredou por nacionalismos de bravata, por capitalismo de Estado. Elegeu seus empresários campeões, fez chover dinheiro em obras vistosas e inúteis. Foi uma grande farra, para uns poucos escolhidos, enquanto durou.

E agora vem a nossa ditadura do proletariado, aquela prevista por Marx para quando o partido dos iluminados de esquerda finalmente atingisse o Poder. (algum idiota da objetividade – après Nelson Rodrigues – vai dizer que agora vivemos uma democracia plena. Mas eu vou lembrar uma frase de Juscelino Kubistchek, proferida num discurso há 50 anos: “O silêncio da Oposição é a porta aberta para a ditadura”.

Há 50 anos Kubistchek ouviu (está certo isso?) este silêncio da Oposição... e logo depois veio a ditadura dos militares.

E, agora, mais uma vez, só se ouve a voz do Governo. O Governo do iluminado de índices recordes de aprovação, que pode justificar qualquer escândalo de abuso de poder, de gastos desnecessários, e até de corrupção pura e simples, porque nada “pega”, e a reeleição está no papo, e depois se consegue eleger até um poste (ou uma posTA), e o líder está sempre certo, e os nacos do poder continuarão bem seguros, repartidos com os amigos, enquanto, para os inimigos, restará a dureza da lei...

Oh, quanta ironia da História: os excluídos durante a ditadura militar, agora no Poder, aliados aos mesmos coronéis que davam sustentação àquele regime. Sarney, Maluf, e tantos outros, acostumados a lucrar apoiando os ditadores militares, não viram problema algum em apoiar os novos cabeças do Poder. O importante é que os lucros não cessem!

E, aqueles, denunciadores das políticas dos militares, quando atingem o Poder, o que fazem?

Nacionalismos de bravata, capitalismo de Estado. Elegem seus empresários campeões, fazem chover dinheiro em obras vistosas e inúteis.

Promovem uma grande farra, para uns poucos escolhidos.

Antes, o “milagre econômico”, o ouro de tolo, uma grande euforia... e, enquanto os bobos festejavam, a ditadura aprofundava suas presas e suas garras na nossa pobre Liberdade, com suas leis, e decretos-leis, e atos institucionais, favorecendo o domínio de alguns senhores sobre muitos escravos...

Desaguou em hiper-inflação, em recessão ( o monstro da estagflação), em caos econômico, em empréstimos bilionários feitos pelo Governo terminando em calote, em obras faraônicas abandonadas, desabando, sendo engolidas pelo mato...

Qualquer semelhança, não é mera coincidência...

O Brasil já foi definido por alguém como ciclotímico, bipolar. Antigamente, se dizia maníaco-depressivo.

O Brasil alterna fases de euforia, de gastança, com fases de frustração e décadas perdidas.

Não há meio termo, não há equilíbrio.

Uma fase de anarquia, Governos prepotentes e arrogantes, Governos que podem tudo, demagógicos, alardeando facilidades, apregoando o ouro dos tolos, promovendo “almoços grátis”:

“Atenção, atenção! Somos Gigantes pela própria Natureza! Os bons de bola! Malemolentes! Nosso céu tem mais estrelas, nossos bosques têm mais flores, nossas vidas mais amores! Nossos mares têm mais pré sal! Renda a gente fabrica por decreto! Bons empregos a gente produz com vontade política!”

E metade dos brasileiros continua pisando no esgoto, porque não tem saneamento básico.

E as crianças continuam passando muitos anos na escola (quando têm escola), para ao final mal saber desenhar o próprio nome, e somar 2 mais 3.

E daí a onda quebra, e vem o choque de realidade. O dinheiro dos mais pobres é corroído pela inflação. O emprego fica difícil, principalmente o formal. Vive-se num limbo, à margem de proteção social. Morre-se como moscas, em Hospitais falidos, sem médicos, sem remédios...

Uma elite se protege garantindo para si alguns “trens da alegria”, correção monetária, pensões, gatilhos salariais... Tudo por lei, tudo direito adquirido.

Para a grande massa, é choro e ranger de dentes... o que é que queriam Num Mundo Perfeito, as leis fariam jorrar leite e mel dos rios... mas como não dá pra favorecer a todos, deixa eu garantir o meu. Farinha pouca, meu pirão vem primeiro!

Um clima de insatisfação e de injustiça se instaura. Muito favorável para ver surgir um “Salvador da Pátria”, um Messias profano, um ditador pra restaurar a ordem.

E aí podem vir alguns ajustes dolorosos. E os mais pobres, mais uma vez, são convocados para pagar o grosso da conta.

E quanto da nossa Liberdade será sacrificado, quanto retrocederemos, nas nossas instituições, na nossa cultura?

Imprevisível, é claro, mas, em grandes linhas, estamos aprisionados em certos padrões da nossa História. Repetimos privilégios, favorecimentos, que agridem nossa Igualdade, nosso bem estar, nossa dignidade, nossa Liberdade.

Caímos no conto do vigário. Acreditamos em mágica. Acreditamos em atalhos e caminhos fáceis.

Não existem caminhos fáceis.

Apenas trabalho. Apenas educação. Apenas organização.

Apenas honestidade.

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