Aqui em Nova Friburgo, em seu âmbito, o Ministério Público Federal faz seu papel de questionar as contas públicas. Que nossos governantes entendam que não pode haver gasto sem benefício social. Então não pode haver gasto inexplicado. Se isto é crime, que traga consequências, que traga punição, ou então não se pode ter um país sério.
Em Teresópolis, a notícia que estampou os jornais foi de que, depois da tragédia, aumentou a comissão dos “por fora” dos contratos que a Prefeitura mantinha com certas empresas.
Aqui ficou patente o desprezo pela vida humana que existe no país. Uma tragédia de milhares de mortos e desaparecidos. A maior tragédia da História do Brasil, em número de mortos, num curto espaço de tempo. Feridos? Desabrigados? Com problemas econômicos? Existem aos milhares.
E neste ambiente, de dor e desespero, produzir roubos, desvios, ganhos ilícitos, ou, como diria nosso governante, ou nossa governanTA, malfeitos, traquinagens, travessuras de aloprados...
A que ponto chegou a corrupção no organismo deste país, que multiplica os roubos até quando tem gente passando fome, tem gente morrendo na fila do hospital, no chão do hospital, ou na frente do hospital, sem ter um enfermeiro ou um médico presentes, ou, se presentes, suficientemente dispostos a fazer alguma coisa...
Isto pra não falar nas mortes de trânsito. Milhares, 40 mil por ano. Nas mortes violentas. Milhares. Dezenas e centenas de milhares. As mortes por desnutrição. As mortes por falta de cuidado, remédio, educação... as mortes evitáveis, se fôssemos um país mais decente... milhões de milhões...
Isto é Brasil, Brasil do número, do fato, da imagem. Brasil da realidade.
Contra isso não conseguimos nos organizar como nação, para lutar contra isso, para enfrentar isso, para mudar.
Deixamos como está.
Pra ver como é que fica.
Enquanto isso, R$ 1 bilhão vai pra conta do frigorifico...
1 bilhão, 2 bilhões, 3 bilhões... o céu, ou o fundo do bolso dos trouxas, é o limite...
Para a maior tragédia, etc etc, o Governo destinou 10 milhões, até agora. Não, ainda não liberaram mais dinheiro, não, existem outras 14 mil burocracias, sabe como é, o sujeito vai pedir, implorar, R$ 100, ou R$ 1000? Então, são 14 mil regras, 14 mil cláusulas, 14 mil controles...
Mas se for para passar 1000 vezes 1000 vezes R$ 1000, aí é rapidinho... uma mamata...
E não são apenas 1 ou 3 bilhõezinhos, não. Só pelo BNDES já partiram, como no exemplo do frigorífico, R$ 100 bilhões para empréstimos, nos últimos três ou quatro anos.
R$ 100 bilhões. 1000 vezes 1000 vezes... ora, uma porrada de vezes.
E pra Região Serrana, depois da maior tragédia etc etc? R$ 10 milhões. Algum dia vem mais. Depois de 6 meses, libera mais umas gotas... Quando começarem a chiar muito, libera mais um pouquinho...
E, agora, vamos voltar aos grandes negócios, aqueles que importam...
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