quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O fim de uma menina de seis anos, queimada dentro de um ônibus, ateado o fogo por criminosos


2014 não trouxe mudanças ao país. Apenas um número num calendário, por que traria?

A mudança quem tem de trazer somos nós, povo brasileiro.

Mas não nos mexemos, e o que é que podemos esperar?

Mais do mesmo, sempre mais do mesmo.

Mais do mesmo massacre, massacre dos inocentes, apenas, eventualmente, um episódio, como este agora, mais chamativo, mais violento, mais bizarro, mais grotesco, mais torpe, para nos sacudir um pouco do nosso torpor, levantar algumas vozes indignadas, mas isso passa.

Não mudamos, e nos condenamos a repetir um eterno ciclo.

Apenas a dor das famílias não passa, e o medo e ódio, difusos na alma de cada brasileiro.

Enquanto houver a insensibilidade e o abuso dos nossos poderosos, “lá de cima”, gerando a insensibilidade e o abuso dos poderosos “aqui de baixo”.

Não se iludam!

Um é o reflexo do outro, ambos apostando na impunidade, escondendo-se por detrás da desordem que impera no país, beneficiando-se do estado de ignorância e conformismo em que vegeta um povo.

Pois qual é a diferença entre a criança que morre pela mão do criminoso, e a criança que morre porque o dinheiro foi desviado, ou roubado, e ela ficou doente porque não tinha o saneamento no lugar em que morava, e ela foi pro hospital, mas não tinha o médico, ou o medicamento?

Enquanto houver a cultura do privilégio.

Terminará ano, começará ano.

E o massacre continua.

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