AMOR e ÓDIO enganam o Pastor, enganam aqueles que ouvem seu discurso manipulador. É o verdadeiro hipnotismo que o torna um assassino. “Amor pelos pobrezinhos... ódio contra as injustiças!”
Quantas vezes não ouvimos este discurso?
Em épocas românticas fazem um grande sucesso. Adquirem os símbolos de um grande herói, um grande libertador. E um grande soldado.
Alguém lembrou dos jovens revolucionários, metralhadora a tiracolo, livrinho vermelho no bolso?
Sim, posavam para fotos, no modelito sou um herói. É fácil também lembrar dos cruzados e suas guerras santas.
Todas são tão santas, todas são por Deus, ou, quem sabe? Pelo Futuro. Pela História. Pelo Fim das Injustiças, todas elas.
E todos estes guerreiros se sentem uns heróis, na sua luta pelo Povo, ou pelo Oprimido. Todos se sentem num mar de rosas nadando num mar de sangue. E se sentem Limpos, e se sentem Puros.
“Há que matar, para se restaurar a Paz” - este é o mantra deles. “Há que matar... há que matar...”
Se a loja faliu, se o campo incendiou, recitam: “Há que matar... há que matar...” "Pelo fim das Injustiças... para o socorro do Pobrezinho..."
E isto é um sentimento bem humano. Ao final do filme, depois que o Mensageiro do Diabo foi preso, um guarda comenta, contente: “Este vai ser um peru que eu vou ter prazer em pendurar” - gozando a morte do Mal, pela forca. Não pode enxergar que o mal está vivo dentro dele. Aquele homem honrado. Aquele cumpridor de deveres. Aquele pai de família.
Também ele quer que o Mal, ou aquilo que ele identifica como o Mal, morra, desapareça. Ele vai abrir o alçapão onde está pendurada a corda, para a morte sancionada pelo Estado.
Amor e Ódio entrelaçados, complexa Humanidade.
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