A parte boa de saber que um regime não pode perdurar para sempre restringindo a liberdade, é manter a esperança.
Regimes violentos e opressores já foram derrubados antes, sempre podem sê-lo. É preciso apenas haver umas poucas pessoas que tenham a idéia clara, de que a liberdade geral para o povo é o único regime justo.
É preciso gostar do vizinho, do povo. É preciso querer que todo ele seja tratado com honestidade, com dignidade, da mesma forma que se gostaria para si. Aí vai se ver que ele precisa prosperar com trabalho, com dignidade, com harmonia, e aí vai ser festa. Risos, para todos.
Por mais que pareça que o regime é imutável, com sua corrupção, seus canhões, seus comprados, este regime é fraco, doente, e vai cair, tão logo se apresentem estes tantos, com as boas idéias.
Dizer não à violência, por certo. Basta que as boas leis rejam a todos, não é preciso vinganças constantes contra os derrotados do sistema velho. Eles aprenderão a conviver com todos, quando seu mestre tiver caído.
O livro de Hannah Arendt, Da Revolução, lança luz sobre o tema. Ela mostra, historicamente, que a distância entre dominadores e dominados pela força das armas constantemente se mostrou insegura. As armas modernas, e as novas técnicas de exército, não acrescem segurança ao status quo. Ele pode desmoronar com o que parece um passe de mágica, surpreendendo a todos que estavam em volta.
O poderoso império soviético não ruiu, em frente dos olhos de todos, aquele aparato bizarro e surreal de polícia secreta, investigação da vida de todos, internação em prisões no gelo da Sibéria? Foguetes, e mísseis, e tanques. Marchas de milhares de soldados, batendo pés pelas ruas.
E ruiu, se esfacelou, ante o sopro de uma nova geração, que viu tudo aquilo como ridículo, morto...
E assim foi o regimes nazista, o reich de mil anos... e os camisas negras de Mussolini.
Claro que não deixou de haver sofrimento. Guerras mundiais, e tantos mártires da perseguição... mas tudo isto parece que foi um pesadelo, aqueles atos absurdos, sem sentido, mas que fazem parte da maldição.
Também o Brasil acordará de seu pesadelo de ser dominado pela corrupção. Esta esperança é bela, mas não pode adormecer por um segundo a importância da luta. O regime da servidão e da injustiça
precisa parar de prosperar, pela idéia clara de pessoas de coragem para recusar as corrupções do sistema, e para se empenharem por idéias de uma lei, uma organização, que encarcere a impunidade, que garanta a liberdade.
Os males que vemos no jornal, todos os dias, são o sinal claro de que não podemos cruzar os braços.
sábado, 30 de maio de 2009
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