
Fico satisfeito de dizer que Friburgo está se recuperando, é o que ouvimos da boca de todos. Nossa cidade que sofreu a triste tragédia de nossa secular incúria. Fico feliz por saber que apesar de toda a tragédia as pessoas mantêm a força, e a sanidade, e mostram o melhor de si. Fico feliz porque vejo que conseguimos encontrar a força, e até a capacidade de rir do desespero. Fico feliz com a solidariedade humana. Parece até que estamos mais sérios, mais atentos para cada um ao redor. Mais solícitos, mais prestativos. Peço que oremos, que pensemos, em todos aqueles que suportaram tragédias imensas, inimagináveis, e que pensemos na melhor maneira de lhes dar todo o apoio. Poderia ter acontecido com qualquer um de nós, e isto nos irmana a todos. Dor e sofrimento terríveis demais para se falar.
E só esperamos que um tal testemunho sirva para a grande mudança que este país precisa ter, para ser chamado de país. É preciso fazer um melhor trabalho de prevenção/ racionalização da ocupação de terras/ construção de moradias. É preciso mais, melhorar a educação para que tenhamos os cérebros, melhorar a prisão, para que a ocupem os corruptos, e os modos corruptos de se tomar decisões.
Não aceitem. Não aceitem.
3 comentários:
Reconhece a queda e não desanima
É um alento saber que Friburgo começa a se reerguer. É comovente sentir o abraço acolhedor que a solidariedade brasileira tem nos dado. Daqueles bem longos, apertados e quentes que só se dá em quem realmente se quer muito bem, em quem se ama. A fraternidade acendeu uma densa chama de esperança que deve iluminar não apenas essa extensa noite escura que protela o amanhecer a cada previsão de chuva forte, novos deslizamentos, desaparecidos e mortos. Mas iluminar a consciência de cada cidadão friburguense para a catastrófica cultura política que construímos em nossa cidade. A perpetuar-se o "status quo" fisiológico, corrupto e oligárquico de Nova Friburgo seremos novamente reféns de tantas outras, quiçá piores, tragédias anunciadas. Só uma enxurrada de participação política generalizada e republicana pode nos salvar e redimir. Só a muitas mãos, tijolo a tijolo, cooperando e exercendo democraticamente a cidadania, sem heróis ou salvadores da pátria, reconstruiremos nossa cidade. Saindo, assim, definitivamente, dessa área de risco político que nos colocamos a tanto tempo. Que a crise traga a mudança. Que tanto sofrimento não seja em vão. De que nos vale saber soterrado Paulo Azevedo ou se a beira da morte Heródoto, se junto com eles não se enterram também suas práticas políticas. Força Friba! Ou nos versos do poeta Paulo Vanzolini: "reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dar a volta por cima".
Reconhece a queda e não desanima
É um alento saber que Friburgo começa a se reerguer. É comovente sentir o abraço acolhedor que a solidariedade brasileira tem nos dado. Daqueles bem longos, apertados e quentes que só se dá em quem realmente se quer muito bem, em quem se ama. A fraternidade acendeu uma densa chama de esperança que deve iluminar não apenas essa extensa noite escura que protela o amanhecer a cada previsão de chuva forte, novos deslizamentos, desaparecidos e mortos. Mas iluminar a consciência de cada cidadão friburguense para a catastrófica cultura política que construímos em nossa cidade. A perpetuar-se o "status quo" fisiológico, corrupto e oligárquico de Nova Friburgo seremos novamente reféns de tantas outras, quiçá piores, tragédias anunciadas. Só uma enxurrada de participação política generalizada e republicana pode nos salvar e redimir. Só a muitas mãos, tijolo a tijolo, cooperando e exercendo democraticamente a cidadania, sem heróis ou salvadores da pátria, reconstruiremos nossa cidade. Saindo, assim, definitivamente, dessa área de risco político que nos colocamos a tanto tempo. Que a crise traga a mudança. Que tanto sofrimento não seja em vão. De que nos vale saber soterrado Paulo Azevedo ou se a beira da morte Heródoto, se junto com eles não se enterram também suas práticas políticas. Força Friba! Ou nos versos do poeta Paulo Vanzolini: "reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dar a volta por cima".
Reconhece a queda e não desanima
É um alento saber que Friburgo começa a se reerguer. É comovente sentir o abraço acolhedor que a solidariedade brasileira tem nos dado. Daqueles bem longos, apertados e quentes que só se dá em quem realmente se quer muito bem, em quem se ama. A fraternidade acendeu uma densa chama de esperança que deve iluminar não apenas essa extensa noite escura que protela o amanhecer a cada previsão de chuva forte, novos deslizamentos, desaparecidos e mortos. Mas iluminar a consciência de cada cidadão friburguense para a catastrófica cultura política que construímos em nossa cidade. A perpetuar-se o "status quo" fisiológico, corrupto e oligárquico de Nova Friburgo seremos novamente reféns de tantas outras, quiçá piores, tragédias anunciadas. Só uma enxurrada de participação política generalizada e republicana pode nos salvar e redimir. Só a muitas mãos, tijolo a tijolo, cooperando e exercendo democraticamente a cidadania, sem heróis ou salvadores da pátria, reconstruiremos nossa cidade. Saindo, assim, definitivamente, dessa área de risco político que nos colocamos a tanto tempo. Que a crise traga a mudança. Que tanto sofrimento não seja em vão. De que nos vale saber soterrado Paulo Azevedo ou se a beira da morte Heródoto, se junto com eles não se enterram também suas práticas políticas. Força Friba! Ou nos versos do poeta Paulo Vanzolini: "reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dar a volta por cima".
Postar um comentário